segunda-feira, 22 de junho de 2009

Novidade da Terra Cycle

A TerraCycle chega ao Brasil em um projeto da Pepsi Co/Terra Cycle Brasil em parceria com a rede Wal-Mart.

Esse é o primeiro passo da TerraCycle para sua expansão, que ainda prevê atuação em países como Canadá, México e no Reino Unido.

Veja mais em:

Vídeo no Youtube - http://www.youtube.com/watch?v=LfNCQo2vN6Q
Site TerraCycle - http://www.terracycle.net/cbb/cbb.htm

Que beleza!

Sou fã da The Body Shop principalmente pelos valores da empresa. Segundo o próprio site da empresa são seus valores que fazem a diferença: “The way we do business, the way we make products, the way we source ingredients, and the way we use our voice; we're different because of our Values”.

Eu passava hooooras na loja perto de minha casa, ainda que não comprasse nada (o que era difícil de acontecer porque eu estoquei cremes e mais cremes para minha volta ao Brasil). Me divertia descobrindo a origem das matérias primas e as especificações dos produtos e embalagens. Adorava os cheiros de frutas de meu país, como a manga e era viciada em um hidratante de castanha do Brasil (conhecida por aqui como Castanha do Pará ou Castanha do Amazonas).

Fui morar na Alemanha e a Body Shop ficou longe... Na cidade onde eu morava só havia uma loja na estação de trem e os produtos eram bem caros (talvez por causa da conversão de £ para €). Acabei me conformando em usar hidratantes da Nivea e produtos para o cabelo da Schwarzkopf. Tudo bem, não são empresas líderes em sustentabilidade, mas a Alemanha me proporcionou a vida mais “verde” que já tive.

Quando voltei ao Brasil, tinha a Natura. Também sou fã da Natura principalmente pelos valores da empresa. E são muitos os valores... Também dá para se divertir passando hooooras no site!

Hoje li em uma revista que a M·A·C tem um programa chamado Back to M·A·C Program. Ao retornar 6 embalagens dos produtos M·A·C a(o) consumidora(o) (rsrs) recebe um batom como “ forma de agradecimento”, como está descrito no site.

Acho que estou começando a ser fã da M·A·C...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Reciclar é...

Ontem realizei uma dinâmica com algumas pessoas da empresa para qual trabalho que objetivava a construção do conceito de Desenvolvimento Sustentável do grupo de empregados. No final do expediente, uma de minhas colegas me disse que achou bem interessante o trabalho e que estava começando a repensar na responsabilidade de empresas com a sustentabilidade, já que anteriormente ela achava que esse papo de empresas comprometidas era, como dizemos por aqui, conversa para boi dormir. Tão perigoso isso nos dias de hoje...

Eu retruquei dizendo que, apesar de infelizmente ainda existirem empresas que utilizam a sustentabilidade como forma de vender uma imagem responsável só para sair bem na foto, o número de empresas de fato comprometidas cresce cada vez mais. Vide a guerra dos supermercados pela “foto” mais bonita!

Uns implantam medidas de redução do consumo de sacolas plásticas, outros criam produtos “verdes”. Uns dão créditos aos clientes que usam sacolas reutilizáveis, outros apóiam projetos sociais e criam institutos para gerenciar os programas de Responsabilidade Social Empresarial – RSE.

Mas uma medida é certa e comum a todos: a separação de resíduos! Todos os supermercados participantes dessa corrida rumo à sustentabilidade possuem, na maioria das vezes em seus estacionamentos, coletores para a separação de vidros, plásticos, metais e papel.

Há (pelo menos) duas semanas que ando com meu carro com três sacos de vidro, três de plástico e dois pacotes consideráveis de papel.

Fora o incomodo de ouvir os potes e garrafas de vidro batendo a cada freada, foi um porre ouvir de amigos que meu carro estava uma bagunça, que parecia um carrinho dos catadores de rua, etc.

Finalmente hoje encontrei tempo (e disposição) para passar no supermercado de meu bairro, para descartar o lixo separado. Para minha surpresa os coletores grandes do estacionamento haviam sumido...

Entrei na loja e perguntei para três atendentes sobre os coletores. Eis as respostas:

Pergunta: O que houve com os coletores de reciclagem que ficavam lá fora?

Atendente 1: “ Se não estiverem lá fora é porque não tem mais”
Atendente 2: “ Que coletores?”
Atendente 3: simplesmente apontou para 4 mini lixeiras (do tamanho das de minha casa).

Questionamentos/reações em ordem de acontecimento:

1º Será que os empregados não são treinados para entender a função e objetivo daqueles coletores?

2º Será que os coletores estão em manutenção?

3º Será que essa é uma das empresas que minha colega comentou?

4º Será que os resíduos eram tão poucos que eles reduziram os coletores para mini lixeiras?

5º Não vou deixar meus resíduos aqui! Vou a outro supermercado dar uma olhada para ver se consigo deixar lá.

6º Entrei no carro e no caminho para o trabalho lembrei de uns catadores que acumulam os resíduos perto de uma ponte, onde o caminhão deles para e recolhe os sacos. Fui lá:

Eu: Ei, moço! Vocês querem uns sacos de vidro, plástico e papel que tenho?

Moço: Queremos sim! Pode me entregar!

Eu: Tem umas garrafinhas de plástico que não sei se servem para reciclagem. Veja aí!

Moço: Essas não servem, mas pode deixar que a gente joga no lixo correto! E quando tiver mais garrafas e vidros, pode passar aqui e nos entregar! Obrigado e bom dia!

Eu: Bom dia moço! Bom São João!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A energia quem vem das frutas

Mais um texto enviado por minha prima Marta Dias.

Valeu Martinha!!!



Enquanto a Itália desenvolve painéis solares feitos de cascas de frutas, na África pesquisadores ingleses criam “tijolos” de banana usados como combustível


Junho 01, 2009 11:26 PM
Da Revista Sustenta

Engana-se quem pensa que a energia derivada das frutas é apenas a calórica. Pesquisadores italianos da Universidade Tor Vergata, em Roma, desenvolveram painéis solares feitos a partir de cascas de fruta, verduras e legumes. Em parceria com o Pólo Solar Orgânico – instituto da iniciativa privada voltado para pesquisa em energias renováveis –, os cientistas descobriram que custa menos produzir células fotovoltaicas a partir de materiais orgânicos do que utilizando o silício, matéria-prima cara por conta do processo de transformação para a indústria, que é responsável por 60% do valor final das placas.

No caso das placas feitas a partir de orgânicos, o preço é mínimo, tanto para a produção, quanto da matéria-prima. Hoje, as placas a base de silício custam entre € 6 a € 12 por watt. Com a nova tecnologia, esse preço pode cair para apenas € 2. As próprias máquinas utilizadas na produção dos painéis tradicionais variam de € 15 a € 100 milhões, enquanto os feitos de restos de comida custam apenas um milhão.

Eficiência e combate ao desperdício.

Entender a discrepância do custo na produção de painéis solares a partir de materiais orgânicos ou de silício é simples. Mas a eficiência é igual? Os experimentos mostram que a eficiência orgânica é ainda maior. O princípio de funcionamento é o mesmo das células solares comuns, só que as orgânicas têm os semicondutores constituídos por corantes extraídos dos restos vegetais.

Os componentes químicos e eletrônicos do painel ficam entre duas placas de eletrodos e são sobrepostos uns aos outros, em camadas de extratos vegetais, reagindo quimicamente e para produzir energia limpa. “As células ativadas pelos corantes absorvem a radiação solar, permitindo o fenômeno da separação das cargas para a produção da energia”, descreve Franco Giannini, diretor do Polo Solar Orgânico, à BBC Brasil.

De acordo com o professor, as células orgânicas são mais eficientes por serem tridimensionais e, por isso, podem captar a radiação da luz vinda de todas as direções. Além disso, as placas de frutas são muito mais finas e não têm diferença substancial na absorção de energia solar em relação às convencionais. Isso permite que os pigmentos possam ser aplicados em película, vidro ou plástico – podendo ser utilizado em janelas, por exemplo.

Para aqueles que se preocupam não só com iniciativas energéticas limpas, mas com a justiça social envolvida na distribuição de alimentos, é importante lembrar que o processo utiliza apenas sobras orgânicas, evitando, assim, que falte comida para a população. “Usamos aquilo que é jogado fora – as cascas da laranja, por exemplo – e transformamos em matéria básica para a geração de energia elétrica. O Brasil tem uma agricultura forte e pode se interessar por essa tecnologia", afirmou Giannini, que já trabalhou no País.

Alternativa energética para a África.

A experiência italiana com os painéis solares alternativos não é a única inovação energética feita a partir de material orgânico. Apesar de ser uma tecnologia bem mais simples que as placas fotovoltaicas, cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriram uma maneira muito simples e eficiente de utilizar restos da produção de banana. Além da possibilidade de fazer vinhos e cerveja, os pesquisadores passaram a utilizar as cascas da fruta pra produzir combustível. Elas são trituradas juntamente com as folhas e caules, que, processados, são transformados em tijolos. Quando queimados, assumem a mesma função de, por exemplo, uma tora de madeira, servindo para cozinhar ou iluminar.

O processo é muito simples. As cascas, os caules e as folhas da bananeira, que normalmente seriam descartados – estima-se que para cada tonelada de banana produzida no mundo, 10 toneladas de resíduos sobram –, são processados, prensados (para eliminar os líquidos) e, por último, ficam expostos ao sol por cerca de duas semanas para secar.

Países africanos como a Tanzânia, Burundi e Ruanda, grandes produtores de banana, podem ter sua contribuição para as mudanças climáticas bastante reduzidas, já que mais de 80% de sua produção energética vem da queima de madeira. http://www.planeta-inteligente.com/

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Da frigideira para o motor

Por Marcela Valente*



Buenos Aires, 15 de junho (IPS/IFEJ) – Um município argentino pôs em marcha um programa que obriga os restaurantes e outros estabelecimentos que servem refeições a entregar o óleo comestível usado para destilar biodiesel, que será utilizado em veículos da municipalidade e do transporte público. “Conseguimos evitar que o óleo usado vá para o esgoto e contamine a água, economizamos em combustível, criamos consciência ecológica e damos um projeto a um povo destinado a morrer”, sintetiza Martín Issin, subsecretário de Produção da prefeitura de Necochea e encarregado do Programa de Biodiesel que controla a coleta, produção e consumo deste combustível renovável.

A cidade turística de Necochea, na costa do Oceano Atlântico, é a principal do distrito homônimo, situado 500 quilômetros a sudeste da capital argentina, na província de Buenos Aires. No verão recebe muitos visitantes e abriga mais de 80% da população permanente do distrito, de cerca de cem mil habitantes. Não é ela a “destinada a morrer”, mas o povoado de Ramón Santamarina, a 65 quilômetros . Seu despovoamento que não para teria induzido as autoridades a pensarem em trasladar para lá a Escola Agropecuária. Mas foi a Escola o lugar escolhido para instalar a processadora municipal de biodiesel, o que reanimou a vida e a atividade de Ramón Santamarina. “Por isso dizemos que este projeto permite resgatar potencialidades produtivas e reter a população rural”, disse Issin.

A Argentina é o terceiro produtor mundial de biodiesel, depois da Alemanha e dos Estados Unidos, com mais de 1,4 milhões de toneladas anuais. Contudo, a produção está concentrada em poucas empresas dedicadas a exportar e não a atender a demanda interna, que vai aumentar a partir de 2010. A lei de biocombustíveis, sancionada em 2006, determina que, a partir do próximo ano, o combustível para motores diesel deve ter mistura de pelo menos 5% de biodiesel, cuja queima emite menos gases de efeito estufa. Porém, especialistas temem que a lei não possa ser cumprida porque os produtores de biodiesel preferem o mercado externo, que é mais lucrativo.

Desde que Necochea iniciou o Programa de Biodiesel, em 2004, até o ano passado, a coleta de óleo vegetal usado passou de 7,4 para 94,8 toneladas anuais. “A coleta está em permanente aumento”, comemorou Issin. O município decretou, em 2004, que todos os estabelecimentos que vendem comida devem se registrar como fornecedores de óleos vegetais usados e solicitar a retirada desses resíduos, em troca de uma identificação que colocam em suas fachadas para destacar o cumprimento. Hotéis, restaurantes e fábricas podem ser inspecionados e multados pela Direção de Obras Sanitárias, que inspeciona o despejo de resíduos. A adesão de particulares é voluntária.

O programa conta com 700 empresas fornecedoras que trabalham o ano todo e outras três mil que funcionam no verão. O óleo é recolhido por um veículo do município, que funciona apenas com biodiesel. As autoridades decidiram incluir no esquema o aproveitamento de vasilhames de produtos agroquímicos, considerados muito contaminantes. Cada um deve ser submetido a tripla lavagem antes de ser usado como recipiente para o óleo dos restaurantes.

“Estamos abertos o ano todo, mas é no verão que trabalhamos mais e temos de pedir mais vasilhames porque temos de 80 a cem litros de óleo por semana”, contou ao Terramérica Maria Isabel García, proprietária do restaurante La Taberna Española. “É um sucesso. Em Necochea há carros de aluguel que utilizam biodiesel”, acrescentou. Gustavo Aguirre , gerente do restaurante Hereford, comentou que o plano “é uma solução e uma comodidade. O município manda os vasilhames e vem retirar. Isso favorece porque não temos de buscar e levar”, afirmou.

O óleo é levado até a processadora em Rampon Santamarina, onde fica armazenado em um tanque para lavagem. Os restos orgânicos se destinam à minhocultura. O fluido passa por uma bateia de filtragem para livrá-lo de impurezas, até chegar ao tanque de decantação, onde é aquecido e a água é retirada. Uma vez destilado, com metanol e soda cáustica, o biodiesel é separado do glicerol, subproduto que pode servir de matéria-prima para a produção de sabão, segundo Issin. Na mesma Escola Agropecuária, foi instalado o único fornecedor de combustível do povoado, que abastece os veículos escolares e municipais e automóveis particulares.

“Estamos na categoria de autoconsumo porque o volume não permite que seja vendido. Mas economizamos com combustível em nossa frota”, explicou Issin. O parque automotivo local tem 70 unidades, que funcionam com misturas que vão de 50% a 100% de biodiesel. Duas unidades da Companhia de Ônibus de Necochea testaram, durante seis meses, uma mistura de 20% de biodiesel, com resultados “excelentes”, segundo o funcionário. A Subsecretaria de Produção apresentou o programa ao Fundo Argentino de Carbono, administrado pela Secretaria de Meio Ambiente nacional, que facilita investimentos em eficiência energética e adoção de fontes renováveis.

Com a certificação do Fundo, o programa pode ter acesso a financiamento no contexto do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo previsto no Protocolo de Kyoto sobre mudança climática, para mitigar a geração de gases como o dióxido de carbono, que aquece a atmosfera. Assim, poderia ser ampliada a capacidade da unidade, que emprega cinco pessoas. A experiência pioneira levou o governo da província de Buenos Aires a implantar, em 2007, o Plan Bio, pelo qual cerca de 20 organizações não-governamentais cuidam de recolher, gratuitamente, o óleo usado e vendê-lo às refinarias privadas a preço de mercado. A renda obtida é usada pra financiar trabalhos sociais dessas entidades.


* Este artigo é parte de uma série produzida pela IPS (Inter Press Service) e pela IFEJ (Federação Internacional de Jornalistas Ambientais) para a Aliança de Comunicadores para o Desenvolvimento Sustentável (www.complusalliance.org).

Crédito da imagem: Gentileza Municipalidade de Necochea
Legenda: Identidade visual do Programa de Biodiesel de Necochea, na Argentina.

LINKS
Municipalidade de Necocheahttp://www.necochea.gov.ar
Fundo Argentino de Carbonohttp://www.ambiente.gov.ar/?idseccion=111
Biodiesel aceita inclusão social, em espanhol http://www.tierramerica.net/2006/1028/noticias3.shtml
Biodiesel iluminará comunidades amazônicas, em espanhol http://ipsnoticias.net/nota.asp?idnews=89251
Biodiesel se mescla com guerra, em espanhol
http://ipsnoticias.net/nota.asp?idnews=39535

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O Limoeiro...

Por causa de uma virose passei a sexta e o fim de semana de cama e não pude postar o texto no dia correto. Dan Dan, desculpe pelo atraso!

O texto abaixo foi escrito por meu colega, amigo e plantador de árvores Daniel Teixeira.

Certo dia, contei uma história que ocorreu comigo para minha amiga Luciana (a quem carinhosamente chamo de Gut Gut). Assim que terminei, ela me pediu que a escrevesse para que assim pudesse colocar no seu blog.

Enrolado como sou passaram-se meses e eu não escrevi, seja porque passo meus dias no trabalho na frente do computador e abomino passar meu tempo livre na frente destas máquinas, ou seja por pura e simples preguiça.

Mas hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, acredito que seja uma data muito boa para contar essa breve história, pois narra a minha primeira recordação de preocupação sincera com o meio ambiente.

Meus avôs tinham um grande sítio em Itacimirim, lugarejo no litoral norte da Bahia, onde eu veraneava muito quando pequeno. Era um sítio enorme repleto de coisas para fazer e eu passava as tardes perambulando e aprontando as maiores peripécias e aventuras.

Lembro de um dia estar brincando com meus primos de pirata ou guerreiro e estava sendo perseguido por um primo mais velho. Para fugir passei correndo descalço por um limoeiro e por uma bendita sorte que aparentemente só eu tenho pisei num espinho enorme do limoeiro. Cai no chão gritando e ainda apanhei de meu primo. A dor era aguda e as pancadas de meu primo não deixaram a desejar a nenhum “Popó” da vida.

Depois de apanhar levantei mancando e estava sentindo tanta raiva do limoeiro que peguei o pedaço de madeira que tinha na mão e “quebrei no pau” (como dizemos na Bahia) o bendito. Me recordo que muito pouco sobrou da árvore a não ser pelo caule central.

Na hora que terminei o extermínio do meu inimigo, completamente vingado e satisfeito, meu pai apareceu na janela da casa e me viu com a arma do crime e a vítima caída a minha frente. Levei uma das maiores broncas da minha vida, me sentindo um ser desprezível e injusto, e meu pai sabiamente, como castigo, me fez cuidar do Limoeiro até o final do verão.

Todos os dias eu levantava, tomava café e ia regar o limoeiro e colocar adubo. Almoçava e ia regar e adubar o limoeiro. Jantava e logo em seguida... ôh... Daniel lá do lado do limoeiro. Fiquei ainda mais indignado com o limoeiro, pois ele me tirava o tempo de diversão.

Ao passar dos dias fui notando que o limoeiro se recuperava aos poucos e eu acabei gostando da idéia dele estar bem por conta do cuidado que dedicava a ele.

Cuidei do limoeiro durante todo aquele verão e quando este acabou e tivemos que voltar para Salvador percebi que ele mostrava significante sinal de melhora.

Quando voltei no ano seguinte o limoeiro já estava forte, farto e dando muitos frutos. Os melhores limões não vinham da feira de Pojuquinha. Vinham do meu velho inimigo, que beneficiava a todos, os adultos nas caipirinhas e tempero de comida e os jovens no refresco de limão da hora da merenda.

Veraneei lá no sítio Gota D´Água até meus 23 anos, quando meus avós o venderam, e não se passou um veraneio sequer em que eu não regasse, adubasse ou me sentasse num final de tarde tomando água de coco ou comendo melancia ao lado do limoeiro, que ao final sempre ganhava as cascas.

Aprendi a lição e hoje planto uma árvore por dia no www.clickarvore.com.br .

Essa é a minha primeira lembrança de ter me preocupado com o meio ambiente. Desde então sempre fiquei muito atento as questões de preservação ambiental e aos impactos gerados devido as minhas ações diárias.

Acho que se cada um tivesse pisado num espinho de limoeiro e tivesse um pai consciente como tenho a sorte de ter, não estaríamos nesse caminho.

Plante sua árvore!